ACETINADO DE 1a. - fabricado com celulose branqueada, com adição de carga mineral na ordem de 10 a 15% de cinzas, bem colado, acabamento supercalandrado. É empregado em maior escala para impressão tipográfica comercial de uso geral, e em menor escala para impressão em offset, para a confecção de impressos, catálogos, folhetos, livros e revistas. É usado, também, na fabricação de embalagens, às vezes impresso em rotogravura, quando depois é laminado, colado ou impregnado com ou em outros materiais. No primeiro caso é comercializado na revenda ou directamente às gráficas e editoras, principalmente nos formatos 66 x 96 e 76 x 112 cm, nos pesos padrões de 50 a 120 g/m2 e no segundo caso em bobinas directamente aos conversores.
ACETINADO DE 2a. – é o acetinado de 1a. com a inclusão de pasta mecânica na sua formulação. É comercializado na revenda e directamente para as gráficas e editores com linhas d’água. É importado em larga escala para a impressão de livros e revistas. Neste caso, a pasta mecânica usada geralmente é branqueada.
ACETINADO DE 3a. – Idêntico ao jornal, porém com acabamento super-calandrado. É fabricado da mesma maneira, e comercializado pela revenda para as mesmas aplicações, principalmente nos pesos baixos a partir de 40 g/m2.
AÉREO – Abreviatura de correspondência aérea.
APERGAMINHADO – ou sulfite, é fabricado com celulose branqueada, com a adição de carga mineral, na ordem de 10 a 15% de cinzas, bem colado, acabamento alisado, para uso comercial e industrial em finalidades as mais variadas, principalmente de escrita, tais como, cadernos, envelopes, almaços, mas também para impressos em geral, formulários contínuos, etc. O volume deste papel fabricado no país é quase igual a todos os outros papéis de escrever e imprimir juntos. Sua maior comercialização é através da revenda, nos formatos 66 x 96 cm e 76 x 112 cm, nos pesos padrões, partindo de 16 quilos, principalmente 16, 18, 20, 24, 30 e 40 quilos. Para cadernos é vendido directamente das fábricas aos caderneiros, nos formatos 64 x 92 cm, 63 x 90 cm e outros formatos próximos, também em bolinhas para as máquinas de grande produção. Os consumidores industriais e as gráficas de maior porte compram directamente das fábricas em formatos e bobinas variados.
APERGAMINHADO COM MARCA – ou sulfite com marca, é o apergaminhado ou sulfite fabricado com marca d’água da fábrica, comercializado através da revenda, para ser usado principalmente em serviços de dactilografia e correspondência. O formato mais usado é o 66 x 96 cm.
ALTA PRINT - Papel offset "top" de categoria, com alta lisura, brancura e opacidade. Produzindo através do processo "soft calender on-machine", oferece a melhor qualidade de impressão e definições de imagens.
B. FINO – é o acetinado de 3a., em 40 g/m2, nas cores características: azul, verde, rosa, canário e ouro. É comercializado pela revenda, para as mesmas aplicações.
BASE PARA COUCHÊ – nome genérico dado a todos os papéis fabricados para serem revestidos em operação de acabamento fora da máquina de papel. Abrange uma variedade grande de papéis, com diferentes formulações e pesos, os mais comuns a base de celulose branqueada, nos tipos inferiores com a inclusão de pasta mecânica de boa qualidade. Em nosso país a produção é pequena pois a maior parte do papel couché consumido é importado.
BÍBLIA – Fabricado com celulose branqueada com a adição de carga mineral adequada para dar elevada opacidade, alisado, gramatura geralmente não excedendo 45 g/m2. É utilizado na confecção de bíblias e similares, comercializado na revenda e directamente para as gráficas e editoras.
BOUFFANT DE 1a. – (pronuncia-se bufom) é fabricado com celulose branqueada e elevada carga mineral, geralmente ao redor de 20% de cinzas, absorvente e bem encorpado, normalmente pouco alisado. Usado principalmente para impressão de livros em tipografia, e para serviços de mimeografia. (Ver mimeógrafo). É comercializado pela revenda e directamente às gráficas e editoras, principalmente nos formatos 87x114 cm., 66x96 cm., 76x112 cm., e 67x90 cm., de 63 a 110 g/m2.
BOUFFANT DE 2a. – é o bouffant de 1a., com a inclusão de pasta mecânica na sua formulação. Usado e comercializado da mesma maneira, para serviços de qualidade inferior.
BUFOM – grafia aceita por alguns do original “bouffant”.
CAPA – (PARA ONDULADO) – também chamado de “liner” – é fabricado essencialmente com celulose semi-química, misturada às vezes com pasta de resíduos agrícolas e/ou aparas. Os tipos melhores são fabricados em duplex, com uma camada de material mais limpo, geralmente de celulose não branqueada, isolada ou misturada com os materiais da parte inferior. Alisado ou monolúcido, geralmente de 170 a 250 g/m2, é comercializado em bobinas directamente para as fábricas de papelão ondulado.
CAPA (ENVOLTÓRIO) – ver embalagem.
CAPAS E SIMILARES – são os produtos fabricados com aparas e/ou pasta mecânica, os tipos melhores com pequena adição de celulose, geralmente sulfito não branqueada, de acabamento monolúcido ou super-calandrado, comercializado através da revenda ou directamente pelas fábricas para uso em tipografias na confecção de capas de talões de notas, blocos, cadernos, talões de cheques e impressos de um modo geral. Seu peso oscila de 100 a 200 g/m2, sendo o formato preponderante 66 x 96 cm. As cores mais comuns são: cinza, creme, palha, azul, rosa e outras. Os tipos mais destacados são: O CARTÃO AG, o CARTÃO CHINÊS e o CARTÃO IRIS, descritos separadamente.
CARBONO – é o papel fabricado com celulose de fibras têxteis, e/ou celulose de madeira, com a finalidade específica de servir como base para fabricação de papel carbono. De acabamento alisado ou monolúcido, branco ou colorido, de 11 a 25 g/m2, é comercializado pelas fábricas directamente aos produtores de carbono.
CARTÃO AG – é um produto do tipo Capas e Similares, monolúcido, comercializado através da revenda no formato 66 x 98 cm., com 110 g/m2, nas cores características, principalmente: cinza, laranja, rosa, verde, azul e canário. É também muito usado para capa de cadernos, sendo então vendidos directamente pelas fábricas aos caderneiros.
CARTÃO BRANCO – Nome genérico dado a vários cartões e cartolinas, de vários tipos e usados para muitas finalidades. (Ver cartões de 1a.).
CARTÃO BRISTOL – é o cartão de 1a. fabricado normalmente pela colagem de duas folhas de papel monolúcido de 1a. É chamado também genericamente de cartão branco, ou cartolina branca. Fabricado em menor escala com uma folha só super-calandrada, sendo neste caso, menos rígido, menos encorpado e por isso, menos reputado. Comercializado preponderantemente pela revenda, nos formatos 55 x 73, 50 x 65 e 56 x 76 cm., nos pesos 180, 240, 290 e 340 g/m2. Alguns tipos mais qualificados, tem nomes comerciais específicos do fabricante. Em menor escala são fabricados em cores características e denominados CARTÃO BRISTOL CORES.
CARTÃO BRISTOL CORES – é o Cartão Bristol fabricado nas cores características: azul, verde, rosa, canário, abóbora, cinza e palha. Em alguns casos incluem-se neste tipo de cartão aparas limpas e/ ou pasta mecânica, o que torna o produto menos reputado.
CARTÃO CHINÊ – é o produto da linha Capas e similares, fabricado com a inclusão de uma pequena quantidade de fibras longas, tingidas de cor diferente, que dão aspecto característico, supercalandrado, comercializado através da revenda no formato 66 x 96 cm com 150 g/m2. Suas cores características são conhecidas por uma numeração empírica de 1 a 5.
CARTÃO CORES – ver cartões de 1a. e cartões de 2a.
CARTÕES DE 1a. - abrangem uma larga faixa de cartões e cartolinas, brancos e em alguns casos em cores, fabricados exclusivamente com celulose branqueada. Geralmente são bem colados, em formatos, acabamento monolúcido, alisado ou super-calandrado, comercializado através da revenda para várias aplicações tais como pastas, capas, convites, encartes fichas e similares. Merecem destaque especial o CARTÃO BRISTOL e o CARTÃO FICHA descritos à parte. Outro tipo característico, que geralmente toma vários nomes comerciais de acordo com fabricante, são os cartões brancos monolúcidos, fabricados em uma ou mais camadas, em pesos elevados a partir de 200 g/m2, usados pelos fabricantes de caixas e cartuchos na confecção de embalagens finas para artigos de toucador, comestíveis, como sorvetes, etc., com as mesmas características básicas de impressão e comercialização que o duplex de 1a.
CARTÕES DE 2a. – semelhantes aos cartões de 1a. porém fabricados com a inclusão, ou exclusivamente , com exclusivamente, com pasta mecânica e/ou aparas limpas, em cores diversas, para as mesmas aplicações.
CARTÃO DUPLEX – o mesmo que duplex de 1a.
CARTÃO FICHA – é o cartão de 1a., de acabamento super calandrado, fabricado no formato 66 x 96, nos pesos 110, 125, 150 e 200 g/m2, comercializado através da revenda, principalmente na cor ouro, mas, também em menor escala nas cores: canário, azul, verde. Sua maior utilização é para fichas de contabilidade. Quando branco, é chamado de REGISTRO (ledger) e usado sobretudo para documentos.
CARTÃO IRIS – também chamado por alguns fabricantes por nomes específicos. É um produto da linha Capas e Similares, fabricado com o aspecto marmorizado característico, super-calandrado, comercializado através da revenda no formato 66 x 96 cm, em 220 g/m2, nas cores branco, azul, canário, laranja, rosa e verde.
CARTÃO TRIPLEX – o mesmo que Triplex de 1a.
CARTOLINA TRIPLEX – o mesmo que triplex.
CARTOLINA - Cartolina e Papelão é um intermediário entre papel e o papelão. É fabricado directamente na máquina, ou obtida pela colagem e prensagem de várias outras folhas. Conforme a grossura, diz-se cartolina ou papelão. Na prática diz-se cartão, se a folha pesar 180 gramas ou mais por metro quadrado; menos que isso, é papel. A distinção entre cartolina e papelão costuma-se fazer pela grossura; é papelão quando supera o meio milímetro.
CARTÃO GRAFIX - Cartão de massa única, ideais para policromia. É indicado para capas e permite plastificação.
CAPA TEXTO - Papel com aparência artesanal. É indicado para miolo e guarda de livros.
CIGARROS – é fabricado com celulose de fibras branqueada, e/ou celulose de madeira, de 13 a 25 g/m2, com elevada capacidade, contendo carga mineral até 26% de cinzas, com marca d’água vergê, velin ou filigrana, tendo a combustibilidade controlada por processos normais de fabricação ou pela adição de impregnantes. É comercializado directamente para os fabricantes de cigarros, em bobinas ou em resmas e mortalhas, quando para confecção manual de cigarros.
CORRESPONDÊNCIA AÉREA – também chamados abreviadamente de aéreo, é fabricado com celulose branqueada, geralmente com a inclusão de certa quantidade de celulose branqueada de fibras têxteis, os tipos melhores com marca d’água, alisado, possuindo elevada opacidade, comercializado através da revenda no formato 66 x 96 cm., nos pesos 8 e 12 kg/ resma com 500 folhas, para utilização específica em correspondência aérea. Em menor escala, é fabricado em 40 g/m2, alisado ou monolúcido, para o envelope de correspondência aérea, neste caso comercializado directamente aos fabricantes de envelopes.
COUCHÊ – (pronuncia-se cuché) é o nome genérico dado aos papéis revestidos com uma camada de adesivo e pigmento, utilizados principalmente em impressão. (Ver III Parte – Revestimento). A fabricação nacional é pequena em relação ao volume consumido. Normalmente são fabricados duas classes distintas, uma para impressão em offset e outra para tipografia. A comercialização é feita directamente pelos fabricantes com as gráficas e editoras, e também através da revenda, principalmente no formato 66 x 96 cm. A importação é feita directamente pelos usuários e pelos importadores especializados.
COUCHÊ L1 - Papel com revestimento Couchê brilhante em um lado. Policromia. Suas aplicações são sobre capas, folhetos e encartes.
COUCHÊ L2 - Papel com revestimento Couchê Brilhante nos dois lados.Policromia. Suas aplicações são em livros, revistas, catálogos e encartes.
COUCHÊ MONOLÚCIDO - Papel com revestimento couchê brilhante em um lado. Mas liso no verso para evitar impermeabilidade no contacto com a água ou humidade. Suas aplicações são em embalagens, papel fantasia, rótulos, out-doors, base para laminação e impressos em geral.
COUCHÊ MATTE - Papel com revestimento couchê fosco nos dois lados. As suas aplicações são em impressão de livros em geral, catálogos e livros de arte.
COUCHÊ TEXTURA - Papel com revestimento couchê brilhante nos dois lados, gofrado, panamá e skin (casca de ovo). Suas aplicações são em livros, revistas, catálogos, encartes, sobrecapas e folhetos.
COUCHÊ COTE - Papel branco revestido com camada couchê de alto brilho "Cast Coated", sendo o verso branco fosco.
COLOR COTE - Papel revestido com camada couchê de alto brilho "Cast Coated" em cores pastéis e intensas: azul, verde, rosa, amarelo, chamoi vermelho, preto, prata e ouro, verso branco fosco.
CRISTAL – o mesmo que pergaminho.
COLOR PLUS - Apresenta colorido na massa, boa lisura para impressão, sem dupla face, resistência das cores à luz, estabilidade dimensional, controle colorimétrico e continuidade das cores. Suas aplicações são em trabalhos publicitários, papel para carta, envelopes, convites, catálogos, blocos, capas, folhetos, cartões de visita, mala-directa, formulários contínuos.
DESENHO – é fabricado com celulose branqueada, bem colado, com elevada resistência a abrasão por borracha, geralmente de 100 a 280 g /m2, tendo um acabamento áspero característico provocado pela marcação dos feltros húmidos.
DUPLEX – nome genérico dado aos cartões fabricados em duas ou mais camadas de materiais diferentes, a superior de material melhor, monolúcido, em cores naturais ou tingidas. O tipo mais importante é conhecido como DUPLEX de 1a., onde a camada superior ou forro é feita com celulose branqueada, descrito à parte (Ver duplex de 1a.). A maior utilização destes cartões é nas indústrias de caixas e cartuchos. Geralmente são comercializados directamente pelas fábricas aos consumidores. O nome destes produtos varia de fabricante para fabricante. Entre outros, podemos citar o DUPLEX TIPO-KRAFT, onde o forro é feito com celulose não branqueada e pasta mecânica, e o contra-forro ou suporte com aparas e/ ou celulose semi-química e pasta mecânica, usado em larga escala para capas de cadernos.
DUPLEX DE 1a. – também chamado de cartão duplex, cartolina duplex ou simplesmente duplex. É fabricado em duas ou mais camadas. A superior, chamada forro, geralmente de 80 a 100 g/m2, é de celulose branqueada, bem colada, acabamento monolúcido, eventualmente com colagem superficial ou revestimento (coating). A camada ou camadas inferiores, são chamadas contra-forro ou suporte, e são fabricadas com celulose não branqueada, com a adição de pasta mecânica e/ou aparas, geralmente aparas jornal. Quando as camadas do suporte são em número de duas ou mais, às vezes a última é feita de material melhor, porém do mesmo tipo citado. A gramatura total vai de 200 a 600 g/m2, principalmente em formatos, e em menor escala, em bobinas. Utilizado primordialmente nas gráficas que fabricam cartuchos, caixas e similares. É comercializado directamente pelas fábricas, e, em pequenas quantidades pela revenda, no formato 77 x 113 cm.
DUPLEX TIPO-KRAFT – ver duplex.
DUPLEX COTE - Cartolina branca revestida com camada couchê de alto brilho "cast coated", sendo verso branco fosco
DOBLECOTE - Papel branco, revestido com camada couchê de alto brilho "Cast Coated" em ambas as faces.
EMBALAGEM – também chamado por alguns de envoltório ou capa, é o papel fabricado com a finalidade específica de embrulhar as resmas e bobinas da fábrica. O mais comum é papel semelhante ao maculatura, alisado ou monolúcido, geralmente em cores, por exemplo: violeta, azul, verde, cinza e amarelo, em torno de 130 g/m2. Os tipos melhores empregam celulose, isolada ou misturada com outros materiais, em cor natural.
EMBRULHOS DIVERSOS – abrange um grande número de papéis, de nomenclatura variada, conforme a região do país e a utilização, porém de características muito semelhantes. São fabricados essencialmente com aparas, pasta mecânica ou pastas de resíduos agrícolas, tendo nos tipos melhores a inclusão de pequenas quantidade de celulose não branqueada, geralmente sulfito. São comercializados através da revenda ou directamente pelas fábricas, em formatos ou bobinas, principalmente de 50 a 100 g/m2, em cores diversas. Sua maior utilização é para embrulhos e embalagens simples. Geralmente são chamados de MONOLÚCIDO seguido de uma palavra indicativa da cor ou do nome do usuário. Algumas vezes, têm um nome característico, como MACARRÃO, HAMBURGUEZ, HAVANA, L. D., etc. Um tipo também muito usado é o TECIDO, descrito à parte (ver tecido).
ENVOLTÓRIO – ver embalagem.
FLOR-POST – também conhecido como segundas vias, é fabricado com celulose branqueada, geralmente com 30 g/ m2, branco ou nas cores características azul, verde, rosa, canário e ouro, acabamento alisado ou monolúcido, comercializado em maior escala em revenda, no formato 66 x 96 cm, para segundas vias de correspondência e talões de notas.
FOSCO – é o pergaminho ou cristal fabricado sem o acabamento super-calandro, isto é, apenas alisado na máquina. Comercializado da mesma maneira, para as mesmas finalidades.
FÓSFOROS – fabricado geralmente com celulose de fibra longa, sulfato ou sulfito, em 40 g/m², de cor azul característica monolúcido, em bobinas estreitas, para a finalidade de forrar caixas de fósforos.
FILM COATING - Papel revestido e calandrado na máquina de papel, com excelente reprodução de cores e brilho, alta definição de imagens e superior qualidade de impressão. Esse papel é intermediário entre o papel offset e o couché.
GLASSINE – o mesmo que pergaminho.
GRANADO – é o pergaminho ou cristal feito com materiais inferiores, perdendo as características de impermeabilização. Geralmente usa-se celulose sulfito não branqueada em sua fabricação e, em menor escala é fabricado nas cores azul, vermelho e verde. É comercializado da mesma forma, porém, para utilização em produtos inferiores.
GOFRACOTE - Papel branco revestido com camada couchê de alto brilho "Cast Coat" grofado nos moldes: linho fino e casca de ovo, sendo o verso branco fosco.
H. D. – fabricado essencialmente com aparas e pasta mecânica, em algumas regiões do país com a inclusão de pasta de resíduos agrícolas. Monolúcido, nas cores características rosa, verde, amarelo, de 55 a 60 g/m², em bobinas de 25, 40 e 60 cm. de largura, com 22 cm de diâmetro e furo de 5 cm. Utilizado em maior escala para embrulhos em estabelecimentos comerciais, quando é comercializado pela revenda, também, na manufactura de serpentinas e confetes, quando as bobinas são de tamanho variados e são também fabricadas em cores.
HAMBURGUEZ – ver embrulho diversos.
HAVANA – ver embrulho diversos.
HELIOGRÁFICO – é fabricado com celulose branqueada, com baixo teor de ferro, bem colado, acabamento alisado, branco ou levemente colorido, em gramaturas de 40 a 120 g/m², destinando-se ao beneficiamento posterior com tratamento com produtos sensíveis, para uso específico em cópias pelo processo heliográfico. É comercializado em bobinas directamente aos produtores de papel para heliografia.
HIGIÉNICO – nome dado aos papéis de finalidade específica para uso sanitário. Os tipos melhores são fabricados com celulose branqueada, e nos inferiores usa-se aparas jornal e/ou pasta mecânica. Acabamento é sempre crepado, a gramatura do produto pronto oscila em torno de 35 g/m². É comercializado pelas fábricas aos distribuidores revendedores do ramo, em bobinas pequenas com a largura variando em torno de 10 cm., e a metragem geralmente de 25 a 40 m. Os tipos melhores são apresentados com folhas duplex. Alguns incluem nesta classe também outros papéis para fins higiénicos, tais como TOALHAS, descrito separadamente (ver toalhas).
ILUSTRAÇÃO – fabricado com celulose branqueada, com adição de elevada carga mineral, ao redor de 20% de cinzas, absorvente, super-calandrado. Usado para impressão tipográfica, sobretudo quando existem clichês, para a confecção de revistas, livros, catálogos, folhetos e similares. É comercializado em formatos através da revenda, principalmente 66 x 96, 76 x 112 e 87 x 114 cm., de 75 a 120 g/m², e também directamente pelas fábricas às gráficas e editores de livros e revistas.
IMPRENSA – fabricado com celulose sulfito não branqueada ou sulfato semi-branqueada e 70% ou mais de pasta mecânica, sem cola, acabamento liso na máquina, com peso de 45 a 55 g/m². Marcado com linhas d’água, geralmente em bobinas, usado para jornais, revistas e similares.
JORNAL – fabricado com celulose sulfito não branqueada ou sulfato semi-branqueada, com elevada percentagem de pasta mecânica e/ou amparas limpas, monolúcido ou alisado, usado principalmente em serviços de qualidade inferior para impressão tipográfica comercial de uso geral. Neste caso é comercializado pela revenda, de 40 g/m2 para cima, principalmente no formato padrão 66 x 96 cm. É muito vendido também em bobinas, monolúcido, directamente pelas fábricas aos consumidores industriais, sobretudo para fabricação de papéis pintados para embrulho. Em alguns casos, esta última variante é chamada de MONOLÚCIDO DE 3ª
KRAFT – nome genérico dado a uma série de papéis, fabricados com celulose não branqueada, geralmente na cor natural, parda característica, e nas suas variantes castanho, laranja e amarelo, ou ainda azul, monolúcido ou alisado, preponderantemente em bobinas, de 40 g/m2 para cima. É comercializado em maior escala pelas fábricas directamente aos consumidores, principalmente fabricantes de sacos, mas também para ser betumado, gomado, impregnado, etc. pouco usado ainda em formatos para embrulho. Geralmente são designados por palavras que definem seu acabamento tais como: monolúcido, liso, com listas, ou cor, tal como o azul, muito empregado para embalagem de açúcar. Outro tipo usado em larga escala é o Kraft para impregnação com resina fenólica, para fabricação de laminados, em bobinas, com 160 g/m2. De todos, entretanto, o que representa maior volume é o KRAFT PARA MULTIFOLHADOS, descrito à parte (ver Kraft para multifolhados).
KRAFT BRANCO – fabricado com celulose sulfato branqueada ou semi-branqueada, alisado, ou monolúcido, geralmente de 30 g/m 2 para cima, em bobinas. É comercializado diretamente pelas fábricas para os fabricantes de sacos e embalagens, neste último caso sendo geralmente usado para impregnação, laminação ou colagem com e em outros materiais.
KRAFT PARA MULTIFOLHADOS – também chamado abreviadamente de Kraft, é papel Kraft fabricado especificamente tendo em vista as especificações rígidas exigidas pelos fabricantes e usuários de sacos multifolhados. Estas especificações exigem uma celulose sulfato de alta resistência, de fibra longa, que é geralmente empregada pura. É alisado na máquina, cor natural parda característica e pouco colado, principalmente com 80 g/m2 em bobinas. Comercializado directamente pelas fábricas aos fabricantes de sacos.
L.D. – ver embrulho diversos.
LINER – o mesmo que capa (para ondulado).
LAMICOTE - Cartão laminado com poliester metalizado nas cores: prata, ouro e outras, sendo o verso branco fosco.
MACARRÃO – ver embrulho diversos.
MACULATURA – fabricado essencialmente com aparas de baixa qualidade, e em algumas regiões do país com a inclusão de pastas de resíduos agrícolas, monolúcido, com predominância da cor natural cinza. É oferecido em bobinas ou folhas, acima de 70 g/m2, e comercializado pela revenda ou directamente pelas fábricas ao interior, para uso em embrulhos grosseiros.
MANILHA – fabricado essencialmente com aparas e pasta mecânica, em algumas regiões do país com a inclusão de pasta de resíduos agrícolas. Monolúcido, nas cores características rosa, verde e amarelo, de 40 a 45 g/m2, comercializado no formato 60 x 90 cm., em fardos de 4.000 folhas dobradas. Comercializado através da revenda, ou no interior, directamente aos consumidores, principalmente para embrulhos em lojas comerciais.
MANILHINHA – fabricado essencialmente com aparas e/ou pasta mecânica, em algumas regiões do país com a inclusão de pasta de resíduos agrícolas. Monolúcido, de cor natural branco acinzentado, de 40 a 45 g/m2, geralmente no formato 33 x 44 cm., em fardos de 4.000 folhas dobradas, sendo utilizado para embrulho, sobretudo nas panificadoras. Comercializado através da revenda ou, no interior, directamente aos consumidores. Em alguns pontos do país toma o nome de PADARIA, sendo então fabricado no formato 70 x 110 cm.
MIMEÓGRAFO – é o bouffant de 1a., fabricado com acabamento vergê e marca d’água da fábrica, com a finalidade principal de impressão em mimeografia. É comercializado através da revenda, nos formatos 66 x 96 x 90 cm.
MIOLO – é o nome dado ao papel fabricado especificamente para confeccionar a onda do papelão ondulado. É fabricado com celulose geralmente semi-química de madeira ou de resíduos agrícolas, tais como bagaço de cana e palha de arroz, e/ou aparas, acabamento alisado, geralmente em bobinas, de 120 a 150 g/m2. É comercializado directamente pelas fábricas aos fabricantes de papelão ondulado.
MONOLÚCIDO DE 1a. – também chamado simplesmente de monolúcido, é fabricado com celulose química branqueada, com adição de carga mineral na ordem de 10 a 12%, bem colado, acabamento super-calandrado em uma das faces usado em flexografia, na confecção de rótulos, cartazes, capas, impressos, sacos e embalagens, neste último caso isolado ou laminado, colado e impregnado com ou em outros materiais, tais como plástico, celofane, alumínio, etc. Comercializado através da revenda nos formatos 66 x 96 e 76 x 112 cm., nos pesos padrões de 50 g/m2 para cima, e em bobinas e formatos diversos directamente às gráficas e consumidores industriais.
MONOLÚCIDO DE 2a. – é o monolúcido de 1a. com a inclusão de pasta mecânica, usado para as mesmas finalidades, porém em produtos de qualidade inferior.
MONOLÚCIDO DE 3a. – ver jornal.
MONOLÚCIDO (EMBRULHO) – ver embrulhos diversos.
METALCOTE - Papel "Cast Cote" metalizado a vácuo nas cores: prata e ouro, sendo o verso branco fosco.
MICRO ONDULADO - Cartão especial que, em lugar de constituir folha plana, forma pequenos canais salientes e reentrantes. É usado na embalagem de mercadorias quebradiças, ou trabalhos diferenciados.
OFFSET – fabricado com celulose branqueada, bem colado, carga mineral entre 10 a 15% de cinzas, normalmente com colagem superficial a base de amido, usado principalmente para serviços de impressão pelo processo offset, para revistas, livros, folhetos, cartazes, selos, etc. É comercializado em maior escala em formatos, directamente às gráficas de maior porte e editores, neste último caso com linhas d’água, e em menor escala através da revenda, nos formatos 87 x 114, 66 x 96 e 76 x 112 cm., geralmente de 60 a 150 g/m2. Alguns fabricantes fazem um produto mais qualificado, geralmente mais branco, dando um nome comercial específico.
OFFSET TELADO - Suas características são textura e gofrado. Sua aplicação é em calendários, displays, convites, cartões de festas e peças publicitárias.
OPALINE - Apresenta excelente rigidez (carteado), alvura, lisura, espessura uniforme. Sua aplicação é em cartões de visita, convites e diplomas.
PADARIA – ver manilhinha.
PERGAMINHO – ou cristal (glassine) é o nome dado ao papel cuja característica principal é a transferência e impermeabilidade, produzidas por uma refinação excessiva, em celulose branqueada adequada, geralmente fabricada especificamente para este fim. De acabamento super-calandrado, destina-se principalmente à embalagem de produtos oleosos, gordurosos ou açucarados. Comercializado em maior escala na revenda, nos pesos baixos a partir de 30 g/m2, no formato 50 x 70 e 70 x 100 cm. Alguns tipos são opacificados por cargas minerais, tornando-se de aspecto leitoso.
PAPEL AUTOCOPIATIVO - Papel apergaminhado ou off set revestido pôr processo químico de microcápsulas e reagentes, que permitem gerar cópias sem a necessidade de utilização de papel carbono. A simples pressão ou impacto na primeira folha acciona o sistema de reprodução de imagem. É utilizado principalmente em impressos comerciais (planos e contínuos) e bobinas para terminais de ponto de venda (PDV).
POLEN RÚSTICO - Papel com um toque rústico e artesanal. OFF-SET/Policromia. É usado em papel para miolo, guarda livros e livros de arte.
POLEN BOLD - Papel com opacidade e espessura elevada. OFF-SET/Policromia. É usado em livros quando necessário papeis mais espessos, sem aumento do peso do livro.
POLEN SOFT - Papel com tonalidade natural, ideal para uma leitura mais prolongada e agradável. Suas aplicações são em livros instrumentais, ensaios e obras gerais.
PAPEL CANSON - Papel colorido utilizado em colagens, recorte e decorações.
PAPEL JORNAL - Produto á base de pasta mecânica de alto rendimento, com opacidade e alvura adequadas. É fabricado em rolos para prensas rotativas, ou em folhas lisas para a impressão comum em prensas planas. A superfície pode, ainda, variar de ásperas, alisada e acetinada. Suas aplicações são em tiragens de jornais, folhetos, livros, revistas, material promocional, blocos e talões em geral.
PAPÉIS RECICLADOS/IMPORTADOS - Esses papéis são reciclados, constituindo de 50% papéis aparas (sobra de papel), sem impressão. O restante variam de 20-50% de papéis impressos reciclados pós-cosumido, variando de acordo com o efeito que se deseja obter. Além de alguns mais específicos que são reciclados em 100%, outros utilizam-se de anilinas em processo exclusivo de fabricação. Todos os papéis oferecem uma variedade muito grande de cores e textura, proporcionando ao usuário um resultado diferenciado dos papéis frequentemente utilizado. É ideal para impressões finas em livros de arte, hot stamping, relevo seco, obras de arte, efeitos de porcelana, impressão em jacto de tinta e impressão à laser.
REGISTRO – ver cartão ficha.
ROTOGRAVURA – pouco fabricado no país, porém, importado em grande escala, é feito com celulose, geralmente sulfito ou sulfato, de fibra longa, e mais de 60% de pasta mecânica, por vezes branqueadas, super-calandrado, de 45 a 55 gramas por metro quadrado, destinando-se à impressão de revistas e livros, sobretudo pelo processo rotogravura. É feito quase sempre com linhas d’água, e importado por firmas importadoras ou directamente pelos usuários.
SEDA – fabricado com celulose branqueada, de acabamento alisado ou monolúcido, em maior escala para embalagens finas. É comercializado pela revenda em formatos de 66 x 90 e 50 x 70 cm., de 20 a 22 g/m2, e vendido directamente a consumidores industriais em bobinas de 18 g/m2, sobretudo para confecção de guardanapos .
SEGUNDAS VIAS – o mesmo que flor-post.
SEMI-KRAFT – o mesmo que tipo Kraft.
STRONG – fabricado com celulose sulfito não branqueada ou sulfato semi-branqueada, com eventual inclusão de aparas tipo hollerith, monolúcido, em cor natural branco amarelada ou acinzentada, às vezes com tingimento azul ou verde em cores claras, geralmente nas gramaturas de 40 a 80 g/m2. É utilizado em maior escala na fabricação de sacos, e comercializado directamente pelas fábricas aos consumidores industriais, em bobinas.
SULFITE – o mesmo que apergaminhado.
SULFITE COM MARCA – o mesmo que apergaminhado com marca.
SUPER-BOND – fabricado com celulose branqueada, com a adição de 10 a 15% de carga mineral, bem colado, alisado na máquina, nas cores características azul, verde, rosa, canário e ouro. É semelhante ao apergaminhado ou sulfite, porém em cores. Comercializado em maior escala na revenda, no formato 66 x 96 cm., principalmente nos pesos 16, 18, 20 e 30 g/m2 para uso em impressão tipográfica, e confecção de impressos em geral, segundas vias de talões, encartes, etc. Em bobinas de vários pesos, é comprado directamente às fábricas pelos fabricantes de formulários contínuos. Um tipo característico bem destacado é o de cor azul, puxando para o violeta, usado em grande escala para envelopes de correspondência bancária.
TECIDO – fabricado com celulose não branqueada e/ou pasta mecânica e aparas limpas, de acabamento super-calandrado ou monolúcido, principalmente de 70 a 120 g/m2, nas cores bege, creme e azul, características. É comercializado pela revenda para embrulho, principalmente de tecidos, em formatos e bobinas e directamente aos fabricantes de envelopes.
TIPO KRAFT BRANCO – é o Kraft branco com a inclusão de aparas brancas. Comercializado da mesma maneira, e usado para as mesmas finalidades, porém em produtos inferiores.
TIPO KRAFT DE 1ª. – ou semi-kraft de 1a., é o Kraft com a inclusão de pasta mecânica ou semi-química, comercializado da mesma forma e usado para as mesmas aplicações, porém em produtos inferiores.
TIPO KRAFT DE 2a. – ou semi-kraft de 2a., é papel fabricado com aparas, dependendo da região do país, com a inclusão de pasta mecânica ou pasta de resíduos agrícolas. Os tipos melhores usam pequena percentagem de celulose não branqueada. São apresentados alisados ou monolúcidos, nas cores características pardo, castanho, laranja e amarelo. Nos pesos baixos, de 40 a 60 g/m2, em bobinas, são comercializados directamente pelas fábricas para os fabricantes de sacos de qualidade inferior. Os pesos mais altos são usados na fabricação de envelopes. A revenda comercializa para embrulho, principalmente nos formatos 76 x 112, 84 x 130 e 96 x 132, nos pesos 55, 70 e 80 g/m2, e também em bobinas nas larguras de 0,80, 1,00 e 1,20 m.
TIPO STRONG – é o strong com a inclusão de aparas limpas e/ou pasta mecânica, comercializado da mesma forma e usado para as mesmas finalidades, porém em produtos inferiores.
TOALHAS – são os produtos fabricados especificamente para uso em toilette, crepados, os de melhor qualidade são feitos com celulose branqueada, e apresentados em caixas adequadas em folhas de 22 x 23 cm. em gramaturas geralmente de 48 a 50 g/m2. Os de qualidade inferior, são feitos com celulose não branqueada e pasta mecânica, e apresentados em bobinas de 25 e 75 cm., ou em folhas dobradas de 23 x 22 cm., em gramaturas em torno de 46 g/m2. São comercializados para distribuidores especializados, os primeiros atingidos as perfumarias, farmácias e super-mercados, e os segundos colocados pelos distribuidores nos consumidores.
TRIPLEX – é o duplex de 1a., onde o suporte ou contra-forro fabricado em duas ou mais camadas, tem a última de cor branca, constituída de celulose branqueada. Utilizado e comercializado da mesma maneira que o duplex de 1a.
TOP PRINT - Suas características são alvura, sedosidade, lisura, opacidade superior, fidelidade na reprodução de cromos, fotos e ilustrações, maior produtividade na impressão, menor carga de tinta utilizada para obter-se a mesma densidade de cor. Sua aplicação é em tablóides, malas directas, jornais de imprensas, house organs, impressos promocionais, livros didácticos, revistas técnicas, folhetos e manuais.
UTILIZAÇÃO DO PAPEL:
ABRASÃO - chama-se de resistência a abrasão a durabilidade do papel quando submetido à acção abrasiva por condições impostas durante a sua utilização, ou pela acção de uma borracha. Normalmente é medida em termos da perda de peso que o papel sofre quando sujeito à acção abrasiva de um material estandardizado, operando com uma carga e movimento definidos. Os papéis que receberam colagem superficial têm sua resistência a abrasão aumentada, especialmente quanto a acção da borracha. Nos papéis comuns, maior refinação, maior densidade e menor carga mineral, aumentam a resistência à abrasão.
ABSORÇÃO - termo genérico que indica a propriedade do papel de embeber-se com maior ou menor facilidade , em líquidos tais como água, soluções ou produtos químicos específicos. Pode ser medida por:
a) tempo necessário ao papel para absorver determinado volume do líquido
b) altura que o líquido sobe em uma tira de papel mergulhada no mesmo, em tempo determinado,
c) quantidade em peso do líquido absorvido por área determinada do papel em tempo determinado. Em seu estado natural, a celulose é bastante absorvente. A maior ou menor absorção do papel é dada pelo efeito chamado colagem.
ABSORÇÃO DE TINTA - ensaio empírico utilizado para medir a colagem do papel. Uma pequena amostra é colocada com as beiradas viradas flutuando sobre a tinta, e é medido o tempo que a mesma leva para, atravessando a amostra, aparecer na superfície.
ACABAMENTO - em termos de características do papel , é o aspecto do mesmo depois de pronto. Este aspecto ou acabamento depende das matérias-primas e materiais usados na fabricação, e do processo de fabricação em si. (ver acabamento II Parte).
ADESIVO - Substância que ocasiona a adesão entre corpos, podendo se ativada por água, solventes, calor, pressão e outros meios. Em revestimento de papel, o adesivo é empregado na fabricação da tinta de revestimento, servindo para ligar os pigmentos entre si e ao papel. Em nosso país, usa-se em revestimento de papel, principalmente amido modificado, caseína e resina sintéticas.
AIR DOCTOR COATER - o mesmo que “air knife coater”.
ÄIR KNIFE COATER - também conhecido como “air doctor coater”, é o dispositivo usado para revestimento do papel , cujo nome literalmente significa faca ou lâmina de ar. Consiste essencialmente de um rolo aplicador que retira tinta de uma calha, transferindo-a para o papel. A rotação deste rolo pode ser normalmente invertida e variada. Ao sair do rolo aplicador, o papel abraça pelo lado oposto à tinta, um rolo suporte, contra o qual está colocado o dispositivo de soprar o ar em toda a largura da folha. O jacto de ar espalha tinta e tira o excesso que cai novamente na calha. Como geralmente o teor de sólidos é baixo, em torno de 35 a 40% e o peso de tinta aplicada é alto, em torno de 25 g/mª, segue-se um túnel de secagem por ar quente. As máquinas de revestimento por este processo atinge hoje, velocidades da ordem de 300 metros por minuto.
ALISADO - o mesmo que liso.
ALVURA - ver 1ª Parte.
AMBIENTADOR - também chamado de condicionador ou secador , é um aparelho em que, nos tipos mais simples, as folhas de papel são suspensas por garras , que giram em torno de um eixo , com a finalidade de uniformizar o teor de humidade do papel , e ambientá-lo às condições atmosféricas do ambiente , antes de utilizá-lo no processo de impressão. Nos tipos mais evoluídos, as garras estão presas em correntes que levam o papel através de um túnel, onde este recebe ar insuflado em condições de humidade próximas das que se deseja condicioná-lo.(Ver higrospicidade).
AMOSTRAGEM - é o nome dado aos métodos estatísticos de colher amostras de modo que estas sejam representativas do lote ou partida em questão .( Ver norma “Amostragem de papel e papelão para ensaio “).
APLICADORES DE ESCOVAS - é o nome dos dispositivos de aplicação de revestimento do papel que constam essencialmente de um rolo aplicador que retira a tinta de uma calha, transferindo-a para o papel. Em seguida a tinta é espalhada e uniformizada por uma ou mais escovas rotativas, às vezes oscilantes. É um processo rudimentar que está caindo em desuso, sendo usado hoje, apenas em pequenas instalações de baixa produção em tipos de revestimentos especiais.
BARRA MEDIDORA - também muito conhecida em nosso país nas formas originais “metering rod”e “metering bar”, é o dispositivo usado para revestir papel e cartão, geralmente na máquina de papel, que consiste essencialmente de um rolo aplicador, que apanha a tinta de uma calha, transferindo-a para o papel. A rotação do rolo pode ser invertida e variada em relação ao papel. O excesso da tinta aplicada é raspado pela barra medidora, que nada mais é que um vergalhão de aço de pequeno diâmetro, cromado, cuja rotação também pode ser invertida ou variada. O excesso da tinta cai novamente na calha. Quando a cobertura aplicada é leve, a barra é lisa. Quando se deseja aplicar maior peso, emprega-se barras com fios finos de aço inoxidável enrolados em toda a extensão. Permite aplicar coberturas que vão normalmente de 5 a 15 gramas por metro quadrado, com um teor de sólidos de 50%, em velocidade de máquina que às vezes ultrapassam os 100 metros por minuto.
BLADE COATER - é o dispositivo usado para revestimento do papel , cujo nome literalmente significa aplicador de revestimento por lâmina, e que consiste em distribuir e raspar o excesso da tinta aplicada por um rolo ou outro sistema sobre o papel, com uma lâmina de aço flexível de alta precisão. Este processo, ainda inédito no país, trabalha com teores de sólidos em torno de 60%, aplicando em torno de 15 g/m ª, em velocidades que vão até 1.000 metros por minuto.
BOLHAS DE AR - ou bolhas de espuma, são manchas redondas, claras, que se apresentam na distribuição do papel, causadas por espuma proveniente do ar contido na massa, que marcam a folha durante o desaguamento na mesa plana da máquina de papel (ver espuma).
BOLHA DE ESPUMA - Ver bolhas de ar.
BRILHO - é a propriedade do papel em possuir alta reflectividade superficial à luz, o que é conseguido no papel super-calandrado nas duas faces e no papel monolúcido apenas em uma face.
CALANDRADO - ver super-calandrado.
CAULIM COLOIDAL - é o caulim beneficiado, que apresenta a maior parte de suas partículas com um tamanho inferior a dois micra. Geralmente é beneficiado especificamente para sua utilização em operações de revestimento do papel.
CARTÃO - Nome genérico dado indistintamente aos papéis mais pesados, mais rígidos e de maior espessura. Não existe uma separação rigorosa entre papel e cartão . (Ver IVª Parte).
CARTOLINA - nome genérico dado indistintamente a alguns cartões. (Ver IV Parte).
CARTUCHO - é o nome que se dá ao invólucro fabricado com cartão, geralmente duplex, que depois de impresso sofre operações de corte, vinco e colagem. Normalmente é fornecido ao consumidor dobrado, e este forma a caixa, enche e fecha, manual ou automaticamente.
CASEÍNA - Proteína da nata do leite , obtida como sub-produto da indústria láctea. Em nosso país é muito usada como adesivo para revestimento.
CINZAS - é o resíduo inorgânico obtido pela incinetação do papel de tal forma que todas as substâncias orgânicas ou voláteis sejam eliminadas. O conteúdo de cinzas é dado em percentagem do resíduo sobre o peso original da amostra. (Ver norma “Cinzas em papel e papelão).
COATING - Ver revestimento do papel.
COBB - método para medir a colagem do papel (ver colagem). É mais usado apesar de algumas limitações, como para o caso de papéis muito finos ou muito absorventes.
COBERTURA DO PAPEL - ver revestimento do papel.
COLAGEM - propriedade do papel em ser repelente a água e outros líquidos (ver IIª Parte). É avaliada segundo vários métodos, entre os quais salienta-se o de “Cobb”e o de absorção de tinta.
COMPRIMENTO DE AUTO-RUTURA - é a resistência a tracção, expressa em termos de comprimento de uma tira de papel, necessária para romper a mesma tira por seu próprio peso ( Ver norma “Resistência à tracção de papel e papelão “).
CONDICIONADOR - o mesmo que ambientador.
CONVERSÃO - é o nome genérico dado às operações que se fazem com o papel pronto, depois de acabado, tais como, impressão, laminação, impregnação, pautação, colagem, etc., e à fabricação de artigos de papel, tais como, sacos, cadernos, envelopes, caixas, etc.
CONVERSOR - pessoa ou firma que executa operações de conversão com o papel.
CORPO - é o inverso da densidade do papel, isto é , a relação entre sua espessura e gramagem.
COUCHÉ - Ver revestimento do papel.
CREPADO - é o acabamento que se dá ao papel, quando este adere a um cilindro secador, e ao entrar em contacto com uma raspa especialmente colocada na saída, é descolado do secador naturalmente, sem tensão e arrancamento, formando uma série de pequenas ondas. É muito usado em papéis higiénicos, e alguns tipos de embalagem, aumenta a elasticidade do papel evitando que o mesmo se rompa facilmente, mesmo quando humedecido. A operação pode ser feita directamente na máquina de papel ou fora dela.
DELAMINAÇÃO - defeito que aparece nos cartões ou papelão fabricados com duas ou várias camadas, que consiste na separação das camadas durante a utilização . Pode ser ocasionada por causas diversas entre elas heterogeneidade demasiada entre os materiais que constituem as camadas, diferença de espessura nas folha, secador irregular, etc.
DENSIDADE - aplicada em terminologia de papel, significa a relação entre a gramagem e a espessura da folha de papel.
DEXTRINA - carboidrato produzido do amido, pela hidrólise provocada pela acção de ácidos diluídos ou enzimas. É um produto intermediário entre o amido e o açúcar, resultante da hidrólise do primeiro. So9lúvel em água ou álcool muito diluído, é usado como adesivo para gomar o papel, para colagem das duas folhas do cartão bristol, e às vezes para colar as capas na onda, no papelão ondulado.
DIRECÇÃO DE FIBRA - chama-se ao sentido ou direcção em que o papel foi fabricado na máquina. Principalmente nos processos de utilização em que se deseja maior resistência ou estabilidade no papel, é importante saber-se qual a direcção de fibra, pois a diferença das características do papel em uma direcção e outra pode ser acentuada.( Ver norma “Direcção de fabricação em papel e papelão).
DISPERSANTE - material empregado para manter em suspensão as partículas de pigmento na tinta de revestimento do papel.
DISTRIBUIÇÃO - o mesmo que formação do papel.
DOBRAMENTO - também chamado de dobras-duplas, é propriedade do papel em resistir às sucessivas de deformações por dobramento. Papéis muito velhos ou muito secos têm uma baixa resistência ao dobramento. Nos papéis normais, a refinação, o comprimento de fibra e a densidade influem no acabamento. A resistência ao dobramento é medida em aparelhos determinados, segundo métodos específicos e expressa pelo número de dobras necessárias para romper uma tira de papel de tamanho determinado.
DUPLA-FACE - Defeitos de várias origens, que consistem no fato do papel apresenta-se com aspecto ou características diferentes de uma superfície em relação a outra.
DUPLICADOR A ÁLCOOL - é o processo de reprodução para pequenas tiragens, onde uma cópia matriz é preparada em um papel especial. A matriz é colocada em um cilindro rotativo e o papel, levemente humedecido pelo fluido duplicador geralmente a base de álcool entra em contacto com a matriz, dissolvendo pequenas quantidades de tinta desta, e dando a impressão sobre o papel. Geralmente os papéis brilhantes, tais como acetinado e monolúcido dão melhores resultados neste processo.
ELMENDORF - Ver rasgo.
ELONGAÇÃO - é expressa em percentagem do comprimento da tira de papel no momento da ruptura no ensaio de tracção, em relação ao comprimento original da tira. Geralmente os aparelhos que medem a tracção, são equipados também para medir a elongação.
ENCANOAMENTO - tendência do papel em folhas, em apresentar-se curvo, ao invés de plano. Geralmente é provocado por tensões internas adquiridas na máquina de papel, principalmente durante a secagem. A curvatura se dá em torno de um eixo paralelo à direcção de fabricação da máquina.
ENVERNIZAMENTO - é a operação de cobrir o papel, quase sempre depois de impresso, com uma camada de verniz. Para que o papel ofereça um bom resultado no envernizamento, deve ter a superfície bem lisa e uniforme, e não absorver excessivamente o verniz.
ESCOLHA - ou segunda escolha, é papel separado durante a operação de escolha, por apresentar certos defeitos, porém, sendo ainda aceitável para outras utilizações, de carácter secundário. Geralmente é vendido com um desconto em relação ao papel normal, variável de 5 a 10%.(Ver II Parte).
ESPESSURA - é a espessura do papel medida em um micrómetro de precisão adequada, em condições determinadas de pressão, segundo método específico. (Ver norma “Condicionamento de papel e papelão para ensaios”.
ESPUMA - é a espuma proveniente do ar contido na massa, ocasionará manchas claras, redondas, na distribuição da folha de papel, conhecidas como bolhas de ar. Se o problema não é grave, elimina-se a formação desta espuma na mesa, plana, colocando-se um chuveiro de vapor sobre a tela, logo no início da mesma. Se o problema é mais grave, recorre-se aos anti-espumantes, ou procura-se eliminar as causas directas, que podem ser várias.
ESTABILIDADE DIMENSIONAL - característica do papel em manter-se com as mesmas dimensões, durante as várias fases de sua utilização, notadamente na impressão Nesta, quando o papel tem pouca estabilidade dimensional, as várias cores não se superpõem, dizendo-se que a impressão está fora de registro. Por sua natureza higroscópica, é sempre útil um bom condicionamento do papel às condições ambientes antes da impressão. (Ver norma “Humidade por secagem em estufa de papel e papelão”).
ESTOURO - também chamado de Mullen do papel, é a medida da resistência do mesmo à ruptura provocada pela pressão aplicada em uma das faces, em um aparelho especial denominado Mullen, segundo método determinado. Em nosso país, o resultado é expresso geralmente em quilos por centímetro quadrado. (Ver norma “Resistência ao estouro (Mullen) do papel e papelão”).
FICHAS - também chamadas de pregas ou rugas, são as marcas características que aparecem na folha de papel, proveniente de tensão desuniforme ou deficiente da mesma durante sua fabricação na máquina.
FLEXOGRAFIA - processo de impressão , chamado vulgarmente em nosso país de impressão com anilinas, que é uma variante simplificada de impressão tipográfica rotativa, no qual a tinta usada consiste de uma anilina ou pigmento em um veículo ou solvente de evaporação rápida. A máquina impressora para este processo é relativamente simples, pois emp, rega apenas dois rolos, um trabalhando mergulhado na tinta, e transferindo-a para outro, onde está em relevo o cliché, e daí para o papel. Os rolos geralmente são de borracha. O processo é muito usado para impressão de embalagens, tais como, papéis de embrulho, saco, fitas gomadas, etc. O papel deve ter uma boa superfície e uma colagem média.
FOLHA - unidade em que é cortado o papel plano, de formato rectangular.
FORMAÇÃO DO PAPEL - também chamada de distribuição do papel, é a característica da folha, determinada pelo grau de uniformidade de seus componentes sólidos, em especial do material fibroso. Geralmente é julgada pela aparência visual da folha quando olhada por transparência. Tem influência na maioria das características e propriedades do papel.
FORMATO DA BOBINA - é a largura da bobina, normalmente expressa em centímetros.
FORMATO DA FOLHA - chama-se formato do papel em folhas, a largura e comprimento da folha, sendo os dois valores expressos em centímetros com um “x”entre os dois números, sendo o correspondente a largura em primeiro lugar.
FORMATO LÍQUIDO - ou largura útil da máquina de papel, é a largura da folha de papel correspondente ao formato bruto menos os refilos.
FORMATO PADRÃO - comercialmente é o formato do papel em folhas, baseado no qual se determina o peso de uma resma, ou seja, 500 folhas, e exprime-se com este valor o peso da folha de papel por unidade de área. No Brasil o mais empregado é o formato 66x96cm. Nos países que usam o Sistema Inglês de Medidas, existem vários formatos padrões para diversos tipos de papel.
GRAMAGEM - o mesmo que gramatura, porém menos empregado.
GRAMATURA - também chamada por alguns de gramagem, é o peso da folha de papel por unidade de superfície, expresso em gramas por metro quadrado medido em amostras de tamanho apropriado, colhidas segundo método específico, em condições padronizadas de temperatura e humidade, empregando-se balanças de precisão e sensibilidade adequadas. (Ver norma “Amostragem de papel e papelão para ensaios”).
GRANADO - é o defeito que apresenta o papel, quando a folha ainda em estado húmido, recebe um excesso de pressão e é esmagada, quase sempre no bailarino, prensa manchão ou prensas húmidas. Tem a aparência granulada ou falha característica.
HIGROSCOPICIDADE - é a propriedade do papel em mudar seu grau de humidade com maior ou menor facilidade, acompanhando as mudanças do grau de humidade relativa do ar ambiente. . Os papéis mais colados e fabricados com massa mais refinada são menos higroscópicos, isto é, demoram mais tempo a acompanhar as mudanças das condições ambientais. Em alguns casos de conversão, este equilíbrio da humidade local do papel com o ambiente torna-se muito importante, chegando-se às vezes, a fabricar o papel em condições controladas e envolvê-lo em embalagens impermeáveis para que chegue ao ponto de utilização nas condições desejadas. Outras vezes, o papel antes de ser usado é colocado em um ambientador. As mudanças bruscas da humidade atmosférica, pode fazer o papel exposto, ficar crespo ou encanoado prejudicando sua utilização. Outras vezes, pode provocar falta de registro na impressão de uma cor subsequente. (Ver norma “Acondicionamento de papel e papelão para ensaios”).
IMPREGNAÇÃO - nome que se dá ao tratamento do papel, de modo que o mesmo absorva um líquido tal como óleo, um material fundido tal como asfalto , parafina ou cera ou uma solução aquosa.
IMPRESSÃO - nome genérico usado para designar a operação de aplicação da tinta sobre o papel, segundo determinada forma de imagens ou textos. Em geral os processos de impressão são classificados em quatro classes distintas: tipografia ou relevo, intaglio, planografia e “silk-screen”. Outros processos para pequenas tiragens incluem a mimeografia e a duplicação a álcool, todos descritos a parte.
IMPRESSÃO COM ANILINAS - Ver flexografia.
IMPRIMIBILIDADE - termo genérico , tradução directa de “printability”, usado para exprimir o julgamento de maneira vaga decomo o papel se comporta com relação à impressão. Geralmente são levados em conta factores tais como, a uniformidade das cores impressas, a uniformidade da transferência das tintas, contraste entre as várias cores, secagem das tintas e outros.
INTAGLIO - processo de impressão em que as imagens a serem impressas estão gravadas abaixo da superfície da chapa ou rolo de impressão. Estas depressões enchem-se de tinta, e o excesso é raspado das partes lisas do rolo ou chapa, ficando estas limpas. Como a tinta usada neste processo seca rapidamente por evaporação do solvente, o papel deve ser um pouco absorvente, e ter sua superfície bem lisa, de preferência super-calandra ou monolúcida, para que possa entrar em conta íntimo, bem uniforme, com a chapa ou rolo de impressão. A variante mais usada deste processo é a rotogravura.
LADO DO FELTRO - face do papel oposta `que está em contacto com a tela da máquina durante a fabricação, isto é, face superior do papel durante a fabricação . (Ver norma “Identificação do lado da tela do papel”).
LADO DA TELA - face do papel que está em contacto com a tela da máquina durante a fabricação, isto é , face inferior do papel durante a fabricação. (Ver norma “Identificação do lado da tela do papel”).
LAMINAÇÃO - é o nome do processo de conversão que consiste em formar um produto pela junção de duas ou mais folhas de papel ou de papelão com outro material, tal como , plástico, celofone, alumínio, etc. Geralmente o adesivo empregado para juntar as camadas é uma solução aquosa de cola animal, caseína ou amido, ou uma cera ou resina termo-plástica.
LARGURA BRUTA - o mesmo que formato bruto da máquina de papel.
LINER - ou capa, é o nome que se dá à folha de papel usada para forrar a onda no lado de fora, na fabricação do papelão ondulado. (Ver IVª Parte).
LINHAS D ‘ÁGUA - é a marca d”água que se faz no papel , constituída por linhas paralelas espaçadas de 8 cm no caso do papel nacional e 4 cm no caso de papel importado, para distinguir os papéis cujas utilizações são passíveis de benefícios fiscais determinados por lei. Papéis para jornais, livros, revistas e outras publicações de carácter educacional, gozam deste privilégio.
LISO - ou alisado na máquina, é o acabamento natural que o papel tem, com as duas faces iguais, quando sai de uma máquina convencional, onde passou na fase final pela lisa da máquina.
LITOGRAFIA - o processo de impressão planográfica, cujo princípio original era baseado na afinidade de uma superfície gordurosa pela tinta de impressão. Eram preparadas imagens em pedra, com um “crayon”especial ou com líquidos gordurosos, que retinha a tinta, transferindo-a para o papel. Os processos litografia podem ser do tipo litografia directa e litografia :offset”ou simplesmente “offset”. (Ver litografia e offset).
LITOGRAFIA DIRECTA - é o processo litográfico em que o papel entra em contato direto com a chapa onde estão as imagens a serem impressas.
MANCHAS - imperfeições do papel provenientes de várias causas, principalmente pela incorporação de corpos estranhos à massa durante a fabricação, tais como, graxa de lubrificação, limo ou lodo, etc.
MARCA D’ÁGUA - é a marca usada em certos tipos de papel, notadamente no apergaminhado ou sulfite com marca, usados para correspondência, onde aparece por transparência na folha, um símbolo ou marca do fabricante. Esta marca é feita por um bailarino onde estão soldadas as marcas, na mesa plana da máquina de papel . Para obter-se uma marca deve estar bem refinada e a folha deve apresentar uma boa distribuição.
MARCA DE FELTRO - Rugosidade característica que aparece em uma das faces do papel, provocada pela marcação do tecido do feltro sobre a folha , ocasionada geralmente quando está gasto demais ou é de tipo inadequado para o papel em questão.
MARCA DA TELA - marcação rugosa característica , apresentando o quadriculado do tecido da tela, em uma das faces do papel, ocasionada pelo excesso de vácuo aplicado, aliado a feltros inadequados ou falta de alisamento que devem normalmente compensar a marcação.
METERING BAR - ver barra medidora.
METERING ROD - ver barra medidora.
MICROMETRO - aparelho usado para medir a espessura do papel.
MIMEOGRAFIA - processo de impressão para pequenas tiragens, onde o material a ser reduzido é dactilografado ou desenhado em um estencil adequado, este é colocado em um cilindro rotativo. A tinta é transferida por meio de um feltro para o estencil e daí para o papel. Os papéis tipo “bouffant”, especialmente o mimeográfo, dão melhores resultados neste processo.
MONOLÚCIDO - é o acabamento dado ao papel em um cilindro secador monolúcido de uma máquina de papel, onde ele adquire brilho em uma da faces. A eficiência da operação depende principalmente do teor de humidade do papel na entrada e na saída do secador monolúcido, e da natureza e estado da superfície deste secador.
MULLEN - Ver estouro.
MULTIGRAFIA - é o processo de impressão que emprega uma máquina projectada basicamente para reproduzir material dactilografado, embora outros materiais possam ser reproduzidos. Geralmente, a parte principal da máquina é constituída por cilindro rotativo, onde são encaixados. Estes passam para o papel através de uma fita de máquina de escrever ou nos tipos mais evoluídos, através de um dispositivo de tinta.
OFFSET - processo de impressão litográfico onde as imagens a serem reproduzidas são transferidas para a chapa por processos fotográficos. Na prensa offset, primeiro a chapa é humidificada nas partes não sensibilizadas, e logo em seguida a tinta é transferida para as partes sensibilizadas. Daí as imagens são transferidas para um lençol de borracha denominado “cauchou “e finalmente para o papel. Este deve ser relativamente resistente, ter bastante estabilidade dimensional, ser bem colocado, desprender pouca poeira. Geralmente os papéis para “offset”são colocados superficialmente.
ONDA - é o nome que se dá à configuração geométrica dada ao miolo do papelão ondulado na máquina de corrugar, para permitir a posterior colagem das chapas interna e externa.
OPACIDADE - é a propriedade do papel em obstruir a passagem da luz , não deixando transparecer objectos ou imagens de um lado para outro. Geralmente é medida por comparação.
PACOTE - é um certo número de folhas embalado isoladamente que constitui uma unidade de comercialização do papel em formato .Normalmente o número de folhas é fracção inteira do número de folhas da resma, que para os tipos usuais são 500 folhas. Usualmente quando o peso de resina atinge 22 quilos, ela passa a ser subdividida em pacotes de 250 folhas, e sucessivamente, quando 250 folhas atingem 22 quilos, são subdivididas em pacotes de 125 folhas.
PALITOS - pequenos pedaços de aglomerados de fibras mal cozidas, oriundos da celulose . (Ver I Parte)
PAPEL - nome genérico dado a uma folha, formada, seca e acabada em uma máquina de papel, partindo-se de uma suspensão de fibras vegetais constituídas essencialmente de celulose polimerizada, fibras estas que foram desagregadas refinadas e depuradas, e tiveram ou não adição de outros ingredientes para dar ao produto final características de utilização.
PAPEL COM MADEIRA - é o papel fabricado com celulose, com inclusão de pasta mecânica.
PAPEL DE IMPRESSÃO - termo genérico empregado para designar qualquer papel fabricado especificamente para ser usado em impressão, por exemplo “bouffant”, “offset”, ilustração, etc.
PAPEL SEM MADEIRA - é o nome dado aos papéis fabricados com celulose pura, isto é, sem adição de pasta mecânica.
PAPELÃO - nome genérico dado a papéis mais rústicos, geralmente de acabamento pobre, feito preponderantemente com matérias-primas inferior, e normalmente em várias camadas de elevado peso e espessura.
PAPIRUS - vegetal nativo do Nilo, cujas fibras cortadas e prensadas em folhas, eram usadas pelos antigos egípcios, gregos e romanos para escrever. É o nome que deu origem a palavra “papel”.
PARAFINA - substância constituída de hidrocarbonetos saturados extraída do petróleo por destilação e purificação. É usada para revestir o papel, impermeabiliza-lo.
PESO DA FOLHA - o peso da folha de papel por unidade de superfície é, em nosso país, definido como sendo a gramagem do papel. Comercialmente porém, às vezes exprime-se o peso da folha por unidade de superfície, como sendo o peso em quilos de uma resma, ou seja, 500 folhas, no formato padrão de 66x96 cm. Esta prática é muito usada em países que adoptam o sistema de medidas ingleses, (ver gramatura).
PESO POR RESMA - é peso teórico de uma resma do papel no formato em questão.
PESO TEÓRICO - é o peso de um lote ou partida de papel em folhas , obtido multiplicando-se a área de uma folha em centímetros quadrados, pela gramatura, pelo número de folhas em uma resma ou pacote e pelo número de resmas ou pacote que compõem o lote, exprimindo-se o resultado em quilos. Grande parte dos papéis em nosso país são comercializados pelo peso teórico, ao invés do peso real ou de balança.
PINGO D’ÁGUA - são manchas redondas, claras, que se apresentam na distribuição do papel, muito semelhantes à bolhas de ar provenientes de pingos d’água sobre a folha na mesa plana, geralmente da condensação de vapor no telhado ou outra parte do prédio ou da máquina.
PINTAS - é o nome genérico dado a todas as pontuações ou pequenas manchas de cor escura que aparecem no papel. Podem ter diversas origens, tais como ferrugem, fuligem, areia, etc.
PINTURA DO PAPEL - ver revestimento do papel.
PLANOGRAFIA - termo genérico para designar os processos de impressão nos quais uma superfície plana é usada, isto é, as imagens estão basicamente no mesmo nível que as partes que vão ser impressas. O processo planográfico mais usado hoje em dia é a litografia.
POEIRA - Defeito apresentado durante a impressão do papel, consistindo no aparecimento de pequenas partículas que se soltam da folha. Esta podem ter duas origens distintas, quando são chamadas de poeira do papel e poeira do corte.
POEIRA DO CORTE - é a poeira que fica solta entre as folhas do papel, proveniente do desprendimento de rebarbas provocadas por uma má operação de corte do papel.
POEIRA DO PAPEL - é a poeira que se solta do papel durante a impressão, originada do desprendimento de pequenas partícula de carga mineral ou material fibroso. Evita-se esta ocorrência, aplicando-se a colagem superficial durante a fabricação do papel. Nos papéis comuns, aumenta-se a refinação, adiciona-se amido cozido à massa e reduz-se a carga mineral.
POROSIDADE - é a propriedade do papel em deixa-se atravessar pelo ar, proveniente da diferença de pressão existente entre suas faces isoladas uma da outra. É medida pelo tempo que um certo volume de ar atravessa uma superfície determinada do papel, em condições específicas de diferença de pressão. Depende principalmente do grau de refinação da massa, densidade e distribuição da folha. (Ver norma “Porosidade de papel e papelão “).
PREGAS - o mesmo que fichas.
PROTEÍNA DE SOJA - é a fracção proteica retirada da soja, usada como adesivo em revestimento de papel. Em nosso país não é muito empregada.
RASGAMENTO - ver rasgo.
RASGO - rasgamento ou Elmendorf, é a resistência física determinada no aparelho do mesmo nome, e definida como sendo a força média necessária para continuar o rompimento de uma tira de papel, de dimensão específicas, por uma distância determinada. (Ver norma “Resistência ao rasgo do papel”).
RECEPTIVIDADE A TINTA - é o nome que se usa para designar a maior ou menor facilidade do papel em aceitar a tinta de impressão. (Ver imprimabilidade).
REGISTRO – Ver estabilidade dimensional.
REOLOGIA – é a ciência que estuda as deformações e os fluxos da matéria sobre a influência de várias forças. As propriedades reológicas das tintas de revestimento sob a acção das forças inerentes aos processos de revestimento do papel, são extremamente importantes para uma operação bem sucedida.
RESINA – é o nome genérico que se dá aos materiais de natureza complexa, orgânica, amorfos, preparados pela polimerização de materiais relativamente simples. Assemelham-se às resinas naturais em muitas de suas propriedades. São empregadas principalmente como adesivos, em revestimento de papel. Entre outras, as mais comuns em nosso país são os copolímeros de monómeros acrílicos, com acetato de vinílico ou estireno.
RESISTÊNCIAS FÍSICAS – é o conjunto de ensaios físico-mecânicos realizados normalmente no papel ou celulose, para exprimir em conjunto suas características físicas. (Ver norma “Condicionamento de papel e papelão para ensaios”).
RESISTÊNCIA HÚMIDA – é a resistência do papel quando este está húmido. Geralmente são medidas tracção e estouro, para sua determinação. Ela é conseguida pela adição à massa durante a fabricação, de resinas tais como uréia-formaldeído e melamina-formaldeído.
RESMA – termo usado para designar 500 folhas de papel, sendo muito empregado como unidade de comercialização do papel.
REVERSÃO DE COR – termo usado para indicar a perda da alvura original do papel com o tempo.
REVESTIMENTO DO PAPEL – é o nome mais usado dentro da indústria de papel e na literatura internacional, para designar a operação tecnicamente chamada de revestimento do papel com pigmentos, que consiste em cobrir o papel de um ou dois lados com uma camada de adesivo, pigmento, e outros ingredientes secundários, denominada tinta de revestimento. Em nosso país, usam-se também os termos cobertura do papel, pintura do papel ou mesmo as formas estrangeiras “coating” e “couché”. A operação de revestimento pode ser feita na máquina de papel, ou em uma instalação complementar em separado. Depois de revestido o papel passa normalmente pelas fases de acabamento, notadamente super-calandragem.
REVESTIMENTO FORA DA MÁQUINA – é o nome que se dá a operação de revestimento do papel quando esta é feita em uma instalação complementar em separação. Em nosso país existem instalações pequenas, que aplicam o revestimento apenas de um lado. Para revestimento dos dois lados, é preciso passar o papel duas vezes pela máquina. Existem muitos processos empregados, desde os aplicadores de escovas, que foram as iniciadoras dos processos de revestimento, e ainda hoje são usadas para especialidades, até os modernos “air-knife coaters” e “blade coaters”. Normalmente, depois de revestido o papel é super-calandrado, para adquirir brilho e uniformidade na superfície.
REVESTIMENTO NA MÁQUINA – é o nome que se dá à operação de revestimento do papel, quando esta é feita na própria máquina de papel. Em papel propriamente dito, é muito pouco usado em nosso país, sendo geralmente feito na própria prensa de colagem. Já em cartão, principalmente duplex, existem algumas instalações operando com a prensa de colagem, ou com instalações do tipo conhecido comercialmente como “metering rod” ou “metering bar”, literalmente barra medida. Geralmente em nosso país o cartão é comercializado como sai da máquina, isto é, sem operações complementares de acabamento.
RUGAS – o mesmo que fichas.
SECADOR – ver ambientador.
SILK-SCREEN – Processo de impressão no qual a tinta é forçada através de um tecido de malhas muito finas, geralmente seda especial, directamente sobre o papel. Neste tecido estão pintadas ou gravadas fotograficamente por meio de tinta impermeabilizante, as partes que não serão impressas.
SOLIDEZ A LUZ – propriedade do papel de não modificar sua cor ou tonalidade quando exposto ao ambiente. Isto é conseguido usando as anilinas ou corantes especiais, que são chamados de sólidos a luz.
SUPER-CALANDRADO – também chamado às vezes de acetinado, é o acabamento que se dá ao papel, passando-o por uma supercalandra, onde ele adquire brilho nas duas faces e maior transparência. Para uma boa operação de calandragem, o teor de humidade do papel deve estar correcto, e o teor de cinzas deve ser bem elevado, geralmente na ordem de 20 a 30%.
TEOR DE CINZAS – ver cinzas.
TINTA DE REVESTIMENTO – é a mistura de adesivo, pigmento e outros ingredientes secundários, feita especialmente para revestir o papel.
TIPOGRAFIA – ou relevo, é o processo de impressão em que as imagens a serem impressas estão gravadas nas saliências das chapas ou rolos de impressão. A tinta é aplicada nestas saliências e tudo que estiver abaixo delas não aparece na impressão. Esta é feita por pressão directa sobre o papel, suportado por uma superfície lisa de uma chapa ou rolo. Os rolos ou chapas são feitos de tipos ou placas, gravados ou fundidos, de metal, madeira, borracha ou plástico. O papel para este processo deve ser macio e absorvido à tinta de impressão, geralmente com alto de teor de carga mineral.
TOQUE – é a propriedade do papel, avaliada empiricamente, que consiste em produzir um som metálico quando sacudido.
TRACÇÃO – é a propriedade física do papel, a resistir ao esforço de tração. A resistência a tracção é determinada em aparelho apropriado, como sendo a carga necessária para romper uma tira de papel de dimensões determinadas. (Ver norma “Resistência à tracção de papel e papelão”).
TÚNEL DE SECAGEM – é o túnel da máquina de aplicar revestimento no papel, construído ou revestido de material isolante, onde é insuflado ar quente sobre o papel a fim de secar o revestimento.
VERGÊ – é acabamento dado a certos tipos de papéis de impressão, notadamente mimeógrafo, via aérea e cigarros, em nosso país que consiste em fazer uma marca d’água de linhas longitudinais espaçadas, e pequenas rugosidades transversais que dão ao papel aspecto característico.
VERNIZ – é o nome que se dá a uma solução de resina, tal como, copal, dammar, shellac etc., em um solvente, tal como terebentina, óleo de semente de trigo, etc., contendo um secante, e que depois da evaporação dos constituintes voláteis do veículo e da oxidação dos constituintes não voláteis do veículo, deixa uma camada fina e brilhante dos materiais dissolvidos.
VINCO – Refere-se a resistência do cartão ou cartolina, a não rachar durante a operação de vincagem na confecção da caixa ou cartucho. Uma boa vincagem depende de uma série de factores inerentes ao cartão e a operação de vincagem em si. Do cartão geralmente é função da espessura, densidade, humidade, comprimento das fibras e refinação e da operação de vincagem depende da largura da canaleta e da faca, e da profundidade do vinco. Uma boa conjugação destes factores é indispensável para um resultado satisfatório.
VISCOSIDADE DA TINTA – chama-se viscosidade da tinta de revestimento à propriedade da tinta definida como sua resistência às deformações ou escoamento sob a acção das tensões de viscosidade. É medida pelos viscosímetros.
VISCOSÍMETROS – é o nome genérico que se dá aos aparelhos usados para medir a viscosidade da tinta de revestimento. Os mais usados em nosso país são o viscosímetro de Ford e o de Brookfield.
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