quarta-feira, 2 de julho de 2014

Pontilhismo e seus artistas

Surgida na segunda metade do século XIX, a técnica do Pontilhismo  foi utilizada por pintores franceses neo-impressionistas. A técnica, também conhecida como Pintura de Pontos, consiste na justaposição de pontos de cor criando o efeito desejado pelo pintor nos olhos do observador. Os artistas George Seraut e Paul Signac impulsionaram o Pontilhismo como técnica e o Divisionismo como teoria baseando-se em estudos científicos do químico Michel Chevreul cuja obra De la loi du contraste simultané des couleurs (Da lei do contraste simultâneo das cores), publicada em 1839, demonstra que cada cor ao lado de outra, sem serem mescladas,  têm sua aparência original modificada.
Antes do neo-impressionismo, experiências divisionistas foram testadas por Jean-Antoine Watteau (1684-1721), Eugène Delacroix (1798-1863) e Pierre-Auguste Renoir (1841-1919). São consideradas obras representativas divisionismo (apresentando técnicas do pontilhismo) Um Domingo de Verão na Grande Jatte (1886) e Banhistas em Asnières (1884) de Seraut, já no início do neo-impressionismo, bem como Retrato de Félix Fénéon (1890) e Entrada do Porto de Marselha, (1911) de Signac.
O neo-impressionismo foi um movimento artístico que tanto se desenvolveu a partir do impressionismo como também se opôs a ele. Apesar de George Seraut manter características impressionistas (pinturas ao ar livre e representação da luz e cor), suas obras apontam para direção diversa. Ele abandona o foco impressionista na representação naturalista dos ambientes e na incidência da luz, privilegiando o corte geométrico e a pesquisa científica da cor. Após a morte de George Seraut, Paul Signac torna-se líder da tradição pontilhista demonstrando algumas particularidades, como por exemplo, pontos e manchas mais evidentes que obras divisionistas anteriores.
A influência do neo-impressionismo pode ser observada em obras de Vincent van Gogh (1853-1890), Paul Gauguin (1848-1903), Henri Matisse (1869-1954) e Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901). No Brasil, diversos artistas (Belmiro de Almeida, Eliseu Visconti, Rodolfo Chambelland, Artur Timóteo da Costa, Guttmann Bicho), da época da Primeira República (1889-1930), utilizaram procedimentos divisionistas em suas paisagens e pinturas decorativas. Influências neo-impressionistas podem ser observadas nas cores claras e luminosas das obras Efeitos de Sol (1892) de Belmiro de Almeida (1858-1935) e Moça no Trigal (s.d.) de Eliseu Visconti (1866-1944).


Fontes:
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3642
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pontilhismo
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 O Pontilhismo surgiu na França, como tantos outros movimentos culturais, por volta do ano de 1880.

O Pontilhismo nasceu da observação de que pontinhos de cores puras colocados cuidadosamente lado a lado produziam o mesmo efeito de misturar as mesmas cores na paleta.


Georges Seurat

Georges Seurat (1859-1891), é aquele que se pode considerar o iniciador desta corrente artística. O seu grande contributo inovador consistiu na decomposição prismática da cor e na mistura óptica que ela provoca, deixando para segundo plano a representação do instante luminoso que tanto havia apaixonado os impressionistas. Suas obras podem ser consideradas o ponto máximo atingido pelo pontilhismo, tal como Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte e a obra-prima inacabada O Circo.

No Brasil, diversos artistas atuantes no período da Primeira República (1889-1930) empregaram procedimentos divisionistas, especialmente em suas paisagens e pinturas decorativas. Podemos destacar, nesse sentido, os nomes de Belmiro de Almeida, Eliseu Visconti, Rodolfo Chambelland, Artur Timóteo da Costa, Guttmann Bicho, entre outros. O painel central do teto do Foyer do Teatro Municipal do Rio de Janeiro é um exemplo de pintura decorativa onde Eliseu Visconti empregou vários estilos e procedimentos artísticos, inclusive o pontilhismo.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pontilhismo


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La Parade, (1889) - Georges Seurat



Une baignade à Asnières, (1884) - Georges Seurat



La calanque, (1906) - Paul Signac


O circo (obra inacabada), 1891 - Georges Seurat