A arte persa recebeu grande contribuição dos estilos mesopotâmicos e egípcios. A arquitetura persa teve, contudo, caráter bastante original na harmoniosa combinação dos elementos estrangeiros, no luxo da decoração e na grandiosidade das estruturas, porém não podemos considerar a arquitetura persa como uma arte popular. A arquitetura persa foi, sobretudo, uma criação dos reis para a sua própria exaltação. Um exemplo de tamanha glorificação é a cidade de Persépolis, hoje Irã, construída em 520 a.C., que foi uma das grandes capitais do Império Persa.
Persépolis – arquitetura imponente, trabalhada em prata e ouro. Esculturas em relevo simbolizam oferendas ao rei.
A existência de cidades como Pasárgada e Susa demonstraram claramente – através dos seus imensos palácios e de seus salões magníficos sustentados por colunas de estilo extremamente original, e pelos capitéis com motivos baseados em cabeças de cavalo, águia ou touro – a arte dos grandes soberanos persas. As grandes construções continham revestimento de ladrilhos esmaltados em tonalidades vivas que geraram grande efeito ornamental. O bronze marchetado era usado nas portas. O ouro e a prataforam também cuidadosamente trabalhados.
Pasárgada – Túmulo de Ciro – O primeiro Imperador da Pérsia
Palácio do Rei Dario I, o Grande
A escultura persa era acentuadamente assíria. O mais famoso relevo é o de Behistum, rocha gigantesca de 456 metros de altura, coberta de inscrições e entalhes que narram episódios da história persa.
O Monumento de Behistum
Dadas as concepções religiosas do zoroastrismo (religião monoteísta fundada pelo profeta Zaratustra) não houve uma arquitetura religiosa na Pérsia, porém, em diversas partes do atual Irã, ainda são encontradas mesas de pedra chamadas de lugares de fogo que foram antigos altares do cultozoroástrico. Mais tarde, a arte persa sofreu forte influência grega, sobretudo após a conquista deAlexandre Magno, quando o rígido esquematismo das representações do corpo humano foi substituído pela liberdade plástica helênica.
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