domingo, 7 de julho de 2013

Academicismo



Academicismo


Academicismo, termo que, na arte, se refere à pintura, escultura ou construção criadas segundo normas de uma academia. Em geral, as academias são as instituições que conferem caráter oficial aos princípios estilísticos de um determinado período. 

Pintura, arte de aplicar cores sobre diferentes superfícies para criar uma imagem ou desenho figurativo, imaginário ou abstrato. 

Meios, técnicas e estilos 

Através dos séculos, sucederam-se diferentes métodos e estilos artísticos, assim como teorias relacionadas com a finalidade da arte para, em alguns casos, reaparecerem em épocas posteriores com alguma modificação. No Renascimento, a pintura de afrescos em muros e tetos cedeu espaço à pintura de cavalete a óleo, mas retornou no século XX com os muralistas mexicanos. A necessidade de expressar uma emoção intensa por meio da arte une pintores tão diferentes como o espanhol El Greco, do século XVI, e os expressionistas alemães do século XX. 

No pólo oposto da intenção dos expressionistas de revelar a realidade interior, sempre houve pintores empenhados em representar exatamente os aspectos exteriores. O realismo e o simbolismo, a contenção clássica e a paixão romântica foram-se alternando no decorrer da história da pintura, revelando afinidades e influências significativas 

Escultura (em latim, sculpere, ‘esculpir’), arte de criar formas figurativas ou abstratas, tanto planas quanto em relevo. 

Técnicas e materiais 

É possível fazer esculturas com quase todos os materiais orgânicos e inorgânicos. Os processos da arte escultória datam da antigüidade e sofreram poucas variações até o século XX. Estes processos podem ser classificados segundo o material empregado: pedra, metal, argila ou madeira. Os métodos utilizados são o entalhe, a modelagem e a moldagem. No século XX, o campo da escultura foi ampliado e enriquecido, com o surgimento de técnicas novas — como a soldagem e a montagem — e a utilização de novos materiais, entre eles o tubo de néon. 

Entalhe 

O entalhe, considerado o paradigma da técnica da escultura, é um processo que requer tempo e esforço. O artista trabalha uma escultura, cortando ou extraindo o material supérfluo, até obter a forma desejada. O material é sempre duro e, com freqüência, pesado. Geralmente, o desenho é compacto e determinado pela natureza do material. Por exemplo, o estreito bloco de mármore que Michelangelo utilizou para esculpir David (1501-1504) condicionou de forma notável a postura e limitou o movimento espacial da figura. 

A escolha da ferramenta a ser utilizada depende do material sobre o qual se vai esculpir e do estado em que este se encontre. No caso da pedra, os primeiros cortes de desbaste são feitos com ferramentas muito afiadas. Depois desta fase, o escultor continua a obra, talhando e esculpindo. Posteriormente, passa a usar ferramentas menos cortantes, como a goiva e a lima. O trabalho de acabamento é feito com uma lima suave. Por fim, o artista recorre a uma lixa, pedra-pome ou areia. Caso pretenda maior grau de suavidade, acrescenta uma pátina transparente, feita com azeite ou cera. 

Modelagem 

A modelagem consiste em acrescentar ou elaborar formas. Para isso, são utilizados materiais macios e flexíveis, aos quais se pode dar forma sem dificuldade. Desta maneira, o escultor pode captar e registrar impressões no tempo aproximado ao que um pintor necessita para fazer um esboço. Entre os materiais utilizados, desde a antigüidade, para modelar uma escultura, estão a cera, o gesso e a argila. Posteriormente cozidas, elas se tornam mais resistentes. 

Moldagem 

O único método para tornar durável uma obra modelada é moldá-la ou fundi-la em bronze ou alguma outra substância não-perecível. Existem dois métodos de moldagem: a cera perdida e a areia. Ambos os métodos são utilizados desde a antigüidade, embora o processo com cera perdida seja mais comum. A moldagem feita com areia é um processo mais complicado, pois utiliza um tipo de areia muito fina e de grande coesão, misturada com uma pouco de argila. Assim, obtém-se um modelo positivo e um molde negativo, um pouco maior do que o original do artista. Por fim, o escultor derrama, entre ambas as camadas, o metal derretido, que endurece ao esfriar. 

Construção e montagem 

Embora as técnicas tradicionais continuem a ser utilizadas, muitas esculturas do século XX foram feitas com base na construção e na montagem. Estes métodos remetem à colagem, técnica pictórica criada, em 1912, por Pablo Ruiz Picasso e Georges Braque e que consiste em colar papéis e outros materiais diferentes sobre uma pintura. Nas suas construções, Picasso usou papel e outros tipos de material para produzir objetos tridimensionais. A escultura construtivista vai das caixas surrealistas de Joseph Cornell até as obras com sucata de automóveis e partes de máquinas de John Chamberlain, ambos norte-americanos. O termo montagem, que na atualidade se confunde à construção, foi cunhado pelo pintor francês Jean Dubuffet para referir-se à própria obra, surgida da colagem.


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